O ser humano foi criado para ser dependente. Mas
dependente de que? De quem? Esta é uma importante pergunta que deve ser
respondida. Nesta semana estamos comemorando a proclamação da independência do
Brasil. Nosso país, após descoberto, passou a ser dependente da nação o qual o
descobriu, até que 322 anos depois, Dom Pedro de Alcântara proclamou a tão
aguardada independência, com o grito do Ipiranga: “Independência ou morte”.
Nós nascemos dependentes dos nossos pais, sem eles,
não poderíamos ter nos alimentados, não poderíamos ser limpos, nos banhar, nos
vestir, etc. Um recém-nascido que é abandonado não sobrevive. Na adolescência e
juventude também continuamos dependentes, o tempo passa e podemos tornar-nos
independentes financeiramente, porém, nunca emocionalmente e nem socialmente.
Tanto que na velhice avançada, voltamos a um estado de dependência quase
original.
Um homem que não se socializa passa por inúmeros
problemas, alguém que corta relações emocionais com seus pais também, isso
porque somos dependentes, tanto de carinho e afeto de nossos pais, quanto de
interagirmos e relacionarmos com nossos pares.
A Bíblia Sagrada nos ensina muito, não pouco, e nela encontramos
a história do povo de Israel que era escravo no Egito. Naquele lugar, 430 anos
sendo escravizado, o povo além de trabalhar de graça, em situação humilhante e
vexatória, vestiam-se e alimentavam das sobras e ainda achavam isto muito bom
(Nm 11.5). Quando Deus usou Moisés para libertar seu povo e levá-los para a
“terra prometida”, queria apenas trocá-los de dependência, agora, não mais
seriam dependentes das ordens de outra nação, mas totalmente dependentes do
próprio Deus.
Na caminhada em questão, de escravos a libertos,
deveriam aprender a depender de Deus, em meio ao deserto, não dormiam com fome,
pois recebiam o maná diariamente (Êx 16.31-35) e comiam carnes trazidas pelo
vento (Êx.16.13; Nm 11.31). Suas vestes não se consumiam, podemos verificar
neste episódio a dependência total de Deus. O povo teve uma tremenda
dificuldade em esquecer o pensamento de escravo, mesmo diante destes milagres
acontecerem de uma forma extraordinária. Na busca pela independência,
rejeitaram a vontade de Deus.
Deus quer que o homem seja dependente dEle. Deus quer
agora trocar a dependência do homem que, querendo ser independente, acaba dependente
de práticas condenáveis por Deus, entre estas, vícios e vaidades, enfim, uma
dependência perigosa. Cristo veio para arrebatar-nos desta dependência “maluca”
e fazer-nos totalmente dependentes dEle.
Dependentes
de Deus significa entregar a nossa vida a Ele, como Senhor de nossa vida. Não
há nada melhor que isso, pois a Palavra de Deus nos convoca a Buscar ao Senhor
enquanto se pode achar, invoca-lo enquanto está perto, Capítulo 55 do Livro de
Isaías afirma: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os
seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para
o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a
terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os
meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. Podemos então nos tranquilizar e caminhar contentes, com
o coração aquietado na dependência do Senhor e pela fé, confiar em Deus e nos
sujeitar a sua soberana vontade.
Artigo 3/2013 Semanário, 6-8 Set 2013.
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